Nesta segunda-feira, dia 09/09/2014, a Igreja Matriz de São José, na cidade de Granja-CE, comemorou 255 anos de fundação. Houve uma missa em homenagem a essa data tão importante para a Igreja Católica em nossa cidade.
Segue na íntegra, relato de fatos históricos sobre a Matriz de São José de Granja.
A primitiva matriz da Macaboqueira ou Macavoqueira (
atual Granja), cujo orago é São José, era acanhado e exíguo templo;
Thomaz Pompeu de Sousa Brasil (Ensaio estatístico da Província do Ceará, São Luíz,Typographia de B.de Mattos, 1864, tomo II, p.230) e Antônio Bezerra (Notas de viagem, cit.,p.53) Afirmam que em 8 de Setembro de 1759 foi começada sua edificação. Entretanto a razão parece estar com o Pe. Vicente Martins (“Notícia Histórico – Chorographica da Comarca de Granja”, in Revista do Instituto do Ceará, Fortaleza, 1915, tomo XXIX, p.5),
quando assevera que no dia 8 de Setembro de 1759 inaugurou-se a pequena
matriz e no dia seguinte foi criada e instalada a Confraria ou
Irmandade do Santíssimo Sacramento, pois que o ilustre eclesiástico
transcreve um documento intitulado Aotto e Translado do Termo que fizeram da Prymeira Eleição, de 9 de Setembro de 1759, pela leitura do qual vê-se que nessa data o templo já se achava edificado.
O ato de inauguração foi assinado pelos seguintes colaboradores da obra:
No ano de 1793, mais ou menos, a Irmandade do Bom Jesus dos Navegantes que funcionava nesta matriz de Granja, contratou um pintor vindo de Pernambuco para ornar a capela do Snr. Bom Jesus dos Navegantes. O procurador da referida irmandade, Antônio Gonçalves dos Santos, foi a Recife especialmente buscar o artista e fazer aquisição do das tintas necessárias. O trabalho que provavelmente começou nesse mesmo ano, concluiu-se dois anos depois.
- Joaquim Borges Filho
- Manuel de Carvalho Mota
- José Antônio Borges de Pinho
- Simão Rodrigues Júnior
- Francisco José dos Santos
- José Pereira de Sousa
- Gonçalo Martins Ferreira
- Manuel de Lima Moreira
- Joaquim de Abreu Valladares
- Agostinho de Brito Passos
- Joaquim Marques Vianna
- João Ribeiro de Morais
- José Antônio de Bessa
- Francisco Gonçalves Lira
- Domingos da Costa Cammara
- Francisco de Carvalho Motta
- Francisco Rodrigues Moreira
- João Ferreira de Sousa
- Manuel Alves Palhares
- Paschoal de Arruda Baracho
- Antônio da Rocha Franco
- Francisco D. da Silveira
- Simão Rodrigues Maia
No ano de 1793, mais ou menos, a Irmandade do Bom Jesus dos Navegantes que funcionava nesta matriz de Granja, contratou um pintor vindo de Pernambuco para ornar a capela do Snr. Bom Jesus dos Navegantes. O procurador da referida irmandade, Antônio Gonçalves dos Santos, foi a Recife especialmente buscar o artista e fazer aquisição do das tintas necessárias. O trabalho que provavelmente começou nesse mesmo ano, concluiu-se dois anos depois.
Com relação aos
ornatos da capela do Santíssimo Sacramento, parece que para aproveitar a
viagem do artista, a Irmandade do Santíssimo que já existia desde 1759 e
possuía alguns bens mandou fazer os ornatos dessa capela.
Em
1877, começou a seca que avassalou todo estado durante 3 anos. O
município de Granja foi talvez o ponto para onde mais afluíram os
retirantes. Calcula-se que a população nesse tempo atingisse a mais de
30 mil almas.
Desse tempo data a construção de
alguns edifícios e outros melhoramentos feitos pela comissão de socorro,
a saber: a câmara municipal, o mercado, o cemitério, o açude da Lagoa
Grande e alguns trabalhos da matriz.
A Comissão
da matriz foi nomeada em 14 de julho de 1877 pelo então presidente da
província, desembargador Caetano Estellitta Cavalcante Pessoa, e
composta dos seguintes: Cap. Ignacio de Almeida Fortuna, Dr. Joaquim
Olympio de Paiva, Francisco Luiz de Castro.
A comissão não nomeou presidente e deliberava em comum por acordo geral.
A
mesma comissão desse ano deu começo aos trabalhos da matriz
principiando pela torre, lado norte, empregando nesse serviço o resto do
dinheiro de uma loteria, ficando a dita torre na altura do coro por
ter-se extinguido com este serviço o dinheiro existente. Do ano seguinte
(1878), continuando a horrível seca que devastava a província, lembrou o
membro Ignacio Fortuna ao então presidente Dr. Júlio de Albuquerque
Barros, para mandar entregar à referida comissão o terço dos gêneros que
vinham para a do socorro, com o fim de socorrer os indigentes e ao
mesmo tempo trabalhar na matriz. Aquele presidente aceitando a ideia
sugerida , deu ordem para este fim. Recebido aquele terço continuou-se
com serviço da dita torre, a qual concluída , deliberou a comissão fazer
a outra torre lado do sul, que ficou concluído naquele ano.
No
ano seguinte (1879), a comissão mandou abrir as 6 arcadas do corpo da
igreja, abrir mais duas portas da frente, por existir somente uma a
principal; fazer os dois corredores, as tribunas soalhadas, as grades,
soalhos e forrar o corpo da igreja; limpar e montar todo edifício;
colocar grades de ferro e vidraças nas janelas do coro, reformar o
frontispício, colocar nele cruz de ferro, relógio e fazer o patamar,
dando tudo por concluído o principio de 1880, quando terminou a terrível
seca.
No ano de 1877, tendo falecido o membro
Luiz de Castro, foi substituído por Francisco José Rodrigues de
Albuquerque, que com os outros membros formavam a comissão.
Em
1898 o Revmo. Pe. Leandro Teixeira Pequeno mandou caiar e limpar todo o
edifício. Os ornatos e pinturas das capelas do Santíssimo também foram
retocadas durante a administração do dito padre, pelo artista João
Alcides de Carvalho.
Em 1926, o Revmo. Mons.
Vicente Martins da Costa, mandou pintar o quadro do batismo do Senhor,
que se encontra no batistério. O mesmo padre mandou fazer novas pinturas
no teto da capela mor e da nave principal da igreja, inaugurando-as no
dia 20 de junho de 1935.
No dia 8 de setembro de
1952 o Revmo. Pe. Manoel Victorino de Oliveira iniciou ampla reforma no
antiquíssimo templo. A reforma consistiu do seguinte: abertura de 8
arcos e 4 portas laterais; o teto foi todo posto abaixo e levantado sobe
as grossas paredes mais 2 metros, assim como as torres tiveram aumento
de 2 metros; demoliram-se altares; refizeram-se as capelas do Santíssimo
Sacramento e do Bom Jesus; o antigo piso de madeira foi substituído por
mosaico todo comprado em Sobral. A igreja matriz voltou a funcionar no
dia 3 de novembro de 1954, data do centenário da cidade de Granja.
Em 1965, o Revmo. Pe. Benedito Francisco de Albuquerque , mandou colocar azulejos nas duas torres da matriz.
Em
1985 , o Revmo. Pe. José Maria de Vasconcelos , fez uma reforma que
constou do seguinte: Colocado pedras decorativas em todo o rodapé e nas
torres da igreja (lado externo); colocando pastilhas de mármore dentro
da igreja, fazendo rodapé e em toda a extensão das capelas mor, do
Santíssimo e do Bom Jesus (lado interno); colocado ventiladores em todo o
corpo da igreja; trocado o piso das capelas mor, do Santíssimo e do Bom
Jesus; trocado todo o telhado; colocado uma Via-Sacra de azulejos,
oferta das famílias granjenses; as escadas do coro e das torres que eram
de madeira, foram trocadas por escadas de concreto; a sacristia da
igreja foi transformada em Secretariado Paroquial.
Em outubro de 2007, o Revmo. Pe. Genival Viana Porto, retirou as grades das capelas mor, do Santíssimo e do Bom Jesus.
No
dia 4 de março de 2008, o Revmo. Pe. Luciano Sotero Teles iniciou outra
reforma no templo. A reforma foi a seguinte: Troca de três portas
grandes da frente da igreja e reforma das portas e janelas laterais;
troca de parte da madeira do telhado, inclusive de uma tesoura que
estava desabando por conta do desgaste do tempo e dos cupins; troca
completa da instalação elétrica inclusive luminárias, ventiladores e
para-raios; as paredes foram raspadas, emassadas, lixadas, pintadas e
passado o brilho por dentro e por fora da igreja; troca da instalação do
som, com aquisição de equalizador, amplificador e microfones;
consertadas as escadas de acesso às torres; feito novo armário para a
sacristia e encanação de água. A reinauguração da igreja matriz
realizou-se no dia 17 de agosto de 2008, Solenidade da Assunção de Nossa
Senhora.
Quanto ao cruzeiro que vê-se defronte
à igreja matriz, foi erigido pelo missionário apostólico, Frei Serafim
de Catania ,que o benzeu no dia 2 de fevereiro de1847.
No
início da década de 1930, este cruzeiro passou por uma reforma, sendo
inaugurado no dia 10 de março de 1935, pelo Revmo. Mons. Vicente Martins
da Costa.
A imagem de Cristo é de ferro
fundido, fabricação da Fundição Cearense; os seis anjos de cimento,
foram fabricados nesta cidade pelo pedreiro José de Brito; o gradilho de
ferro, pelos pedreiros Raimundo Pinheiro e Raimundo Nonato, também
desta cidade.
Em 1985, o Revmo. Pe. José Maria de Vasconcelos, fez nova reforma no cruzeiro, dando os traços atuais.
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