Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono em 1840, 92% da
população brasileira era analfabeta, em seu último ano de reinado em 1889, essa
porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção
de Faculdades e principalmente de inúmeras Escolas que tinham como modelo o
excelente Colégio Pedro II.
A bandeira nacional brasileira tem entre as cores o verde e o
amarelo pois a mãe de Pedro II do Brasil, a Imperatriz Leopoldina idealizou e
costurou a primeira bandeira nacional sendo o verde a cor símbolo da casa real
dos Bragança e o amarelo da casa real dos Habsburgo . Diferentemente como
muitos pensam o verde não representa as matas e o amarelo não representa o
ouro. Além disso seu pai Pedro I que compôs o nosso primeiro hino nacional que
sofreu modificações ao longo da república.
Pedro II do Brasil é Patrono do Corpo de Bombeiros e da
Astronomia.
Em 1887, a média da temperatura na cidade do Rio de Janeiro era
24° no ano. No mesmo ano a máxima no verão carioca no mês de janeiro foi de
29°.
A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições
diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o
salário de Pedro II).
Em 1871, a Imperatriz Teresa Cristina doou todas as suas joias
pessoais para a causa abolicionista, deixando a elite furiosa com tal ousadia.
No mesmo ano A Lei do Ventre Livre entrou em vigor, assinada por sua filha a
Princesa Imperial Dona Isabel.
(1880) O Brasil era a 4º Economia do Mundo e o 9º Maior Império
da História.
(1860-1889) A Média do Crescimento Econômico era de 8,81% ao
Ano.
(1880) Eram 14 Impostos, atualmente são 98.
(1850-1889) A Média da Inflação era de 1,08% ao Ano.
(1880) A Moeda Brasileira tinha o mesmo valor do Dólar e da
Libra Esterlina.
(1880) O Brasil tinha a Segunda Maior e Melhor Marinha do Mundo.
Perdendo apenas para Inglaterra.
(1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o
segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes
visuais.
(1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de Ferro do
Mundo, com mais de 26 mil Km.
A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano
quanto para falar mal do nosso Imperador. "Diplomatas europeus e outros
observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o
historiador José Murilo de Carvalho. "Schreiner, ministro da Áustria,
afirmou que o Imperador era atacado pessoalmente na imprensa de modo que
'causaria ao autor de tais artigos, em toda a Europa, até mesmo na Inglaterra,
onde se tolera uma dose bastante forte de liberdade, um processo de alta
traição'." Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a
censura.
"Imprensa se combate com imprensa", dizia.
"Quanto às minhas opiniões políticas, tenho duas, uma
impossível, outra realizada. A impossível é a república de Platão. A realizada
é o sistema representativo [a Monarquia]. É sobretudo como brasileiro que me
agrada esta última opinião, e eu peço aos deuses (também creio nos deuses) que
afastem do Brasil o sistema republicano, porque esse dia seria o do nascimento
da mais insolente aristocracia que o sol jamais alumiou"
MACHADO DE ASSIS
ESCRITOR E FUNDADOR DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
1. A média nacional do salário dos professores estaduais de
Ensino Fundamental em (1880) era de R$ 8.958,00 em valores atualizados.
2. Entre 1850 e 1890, o Rio de Janeiro era conhecido na Europa
como “A Cidade Dos Pianos” devido ao enorme número de pianos em quase todos ambientes
comerciais e domésticos.
3. O bairro mais caro do Rio de Janeiro, o Leblon, era um
quilombo que cultivava camélias, flor símbolo da abolição, sendo sustentado
pela Princesa Isabel.
4. O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi
sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.
5. Pedro II tinha o projeto da construção de um trem que ligasse
diretamente a cidade do Rio de Janeiro a cidade de Niterói. O projeto em
tramito até hoje nunca saiu do papel.
6. Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da
Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a
guarda voltou a existir.
7. Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica
e Astronomia pela Universidade de Cambridge.
8. Descontruindo boatos, D. Pedro II e o Barão/Visconde de Mauá
eram amigos e planejaram juntos o futuro dos escravos pós-abolição.
Infelizmente com o golpe militar de 1889 os planos foram interrompidos.
9. Oficialmente, a primeira grande favela na cidade do Rio de
Janeiro, data de 1893, 4 anos e meio após a Proclamação da República e
cancelamento de ajuda aos ex-cativos.
10. D. Pedro II tinha 1,91m de altura, quando a média dos homens
brasileiros era de 1,70m e mulheres 1,60m.
11. Na época do golpe militar de 1889, D. Pedro II tinha 90% de
aprovação da população em geral. Por isso o golpe não teve participação
popular.
12. José do Patrocínio organizou uma guarda especialmente para a
proteção da Princesa Isabel, chamada “A Guarda Negra”. Devido a abolição e até
mesmo antes na Lei do Ventre Livre , a princesa recebia diariamente ameaças
contra sua vida e de seus filhos. As ameaças eram financiadas pelos grandes
cafeicultores escravocratas.
1. O Paço Leopoldina localizava-se onde atualmente é o Jardim
Zoológico
2. O Terreno onde fica o Estádio do Maracanã pertencia ao Duque
de Saxe, esposo da Princesa Leopoldina.
3. Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa
Isabel em Paris.
4. A ideia do Cristo na montanha do corcovado partiu da Princesa
Isabel.
5. A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram
alforriados e assalariados, em todos imóveis da família.
6. D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura
desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos.
7. D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente.
8. A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi
feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil.
9. D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições
de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes.
10. D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha
Gonzaga.
11. Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos
negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um
verdadeiro escândalo para época.
12. Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a
esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los.
13. Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um
jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista.
14. D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a
eleição Presidencial, devido sua popularidade, na época os eleitores podiam
votar em qualquer pessoa nas eleições.
15. Uma senhora milionária do sul, inconformada com a derrota na
guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao
Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos.
16. Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para
comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época
que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar
toda a grande fazenda de café com mata atlântica nativa.
17. A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas
extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da
Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do
governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais,
mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.
18. Thomas Edison, Pasteur e Graham Bell fizeram teses em
homenagem a Pedro II.
19. Pedro II acreditava em Allan Kardec e Dr. Freud, confiando o
tratamento de seu neto Pedro Augusto. Os resultados foram excelentes deixando
Pedro Augusto sem nenhum surto por anos.
20. D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exilio sempre
com um saco de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana.
Foi enterrado com ele.
A Princesa Isabel já em seu exilio em 1904 foi perguntada por
que a família raramente usava as joias Imperiais no Brasil. Princesa Isabel
respondeu que tanto ela como sua mãe, sabia que aquelas joias não as
pertenciam. Que poderiam usar a qualquer hora em qualquer ocasião, mas raramente
enxergavam motivos para usa-las. “Ainda mais se tratando de adornos grandes,
pesados e de extrema “arrogância” com nosso povo”.
Em Particular a Imperatriz Teresa Cristina sempre foi alvo de
jornais e nobres da época por sua simplicidade e falta de capricho em seus
trajes e adornos. Sempre muito discreta, só usava suas joias de cunho pessoal,
nunca usou as joias do cofre Imperial, as tais “joias da coroa”. A mídia
zombava de uma Imperatriz que se vestia como uma senhora de classe média.
A maioria das joias particulares de família foram leiloadas e outras roubadas
pelos militares dias após o Golpe de 1889. Já as joias Imperiais foram
totalmente saqueadas pelos militares.
Teresa Cristina foi a maior responsável pelo começo da imigração
italiana para o Brasil.
Teresa Cristina era uma ótima cantora lírica e pianista.
O Brasil atualmente possui a maior coleção arqueológica da
América Latina graças à Teresa Cristina.
Pedro doou pouco antes de sua própria morte muitas de suas
possessões para o governo republicano brasileiro, que posteriormente foram
divididas entre o Arquivo Nacional, o Museu Imperial, a Biblioteca Nacional e o
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Sua única condição era que esse
presente fosse nomeado em homenagem a sua falecida esposa, e assim hoje ela é
conhecida como a "Coleção Teresa Cristina Maria".
A coleção é registrada pela UNESCO como patrimônio da humanidade no Programa
Memória do Mundo.
Em uma viagem de trem pela Alemanha Pedro soube que o filósofo
odiado por muitos Friedrich Wilhelm Nietzsche estava em uma cabine próxima ,
então Pedro apresentou-se como um cidadão comum , conversaram durante 5 horas ,
apenas após a longa conversa em alemão confessou ser Imperador do Brasil ,
quando o radical e avesso a monarquias ouviu a confissão levantou-se , começou
a rir ; disse que nunca imaginaria como um homem tão simples , educado e
inteligente poderia ser monarca de um império tão grande . Friedrich Wilhelm
Nietzsche e D. Pedro II do Brasil correspondiam-se mensalmente dividindo ideias
e assuntos íntimos de sua vida afetiva conturbada mantendo esse contato e
admiração até sua morte .
Dom Pedro II estava em Paris e não poderia deixar a cidade sem
conhecer Victor Hugo, por quem nutria grande admiração. Contrariando todas as
orientações diplomáticas, pediu, por meio da embaixada brasileira, que Victor
Hugo viesse visitá-lo no hotel onde estava hospedado. A resposta do escritor
francês não poderia ter sido mais dura e deselegante: "Victor Hugo não vai
à casa de ninguém...". A surpresa da resposta grosseira mal educada só não
foi maior do que a nobreza de Dom Pedro II. Após duas outras tentativas
frustradas, ele mesmo decidiu ir ao encontro de Victor Hugo. Na manhã do dia 22
de maio, Dom Pedro bateu à porta do apartamento do escritor, na rue Clichy, 21
– centro de Paris. Surpreso em choque, Victor Hugo abriu a porta e ao longo das
horas o coração. A conversa durou extensas 12 horas. Nascia ali uma linda e
respeitosa amizade. Victor Hugo morreu oito anos depois. Quando este faleceu, a
filha de Victor Hugo prestou homenagem ao leal amigo de seu pai, mandando lhe
manuscritos inéditos de várias obras. Pedro II e Victor Hugo trocavam
correspondências semanalmente.
Quando o imperador partia do encontro – já era bastante tarde – Victor Hugo
disse-lhe, com seu fino e espiritual sorriso: Sire, eu não saberia vos dizer
como estou contente que não tenha na Europa soberano como vós. – Como assim?
Pergunta Dom Pedro. – Porque, responde Victor Hugo, nós estaríamos fortemente
complicados, eu e meus amigos republicanos, para não dizer que iríamos ter
infinitas dificuldades em nossa crença! Dom Pedro II explode de rir e vai
embora como homem amável e de bom espírito. Victor Hugo grita já ao longe
“Sorte do Brasil!” “Viva o Imperador Cidadão!”.
Todos familiares foram expulsos com a roupa do corpo , a
Imperatriz do Brasil Dona Teresa Cristina , não pode nem levar uma maleta com
algumas mudas de roupas para trocar no decorrer da viagem . Seu neto e grande
amigo Pedro Augusto que já sofria de esquizofrenia e tinha melhorado bastante
graças as visitas do doutor Freud e ajuda de Alan Kardec , teve um novo surto ,
talvez o pior de todos de sua vida , tentando jogar se ao mar gritando por
socorro e amordaçado por militares a mando de Deodoro . Pombos com mensagens e
bilhetes de ajuda dentro de garrafas foram jogados em meio a saída da baía de
Guanabara e até mesmo em alto mar , foram inúteis , mesmo com algumas garrafas
que chegaram ao litoral carioca , paulista , cearense e baiano dias depois...
O povo acordou no dia seguinte com tropas militares desfilando e
espancando a população que em estado de choque não entendia o que estava
acontecendo . Vários artistas e intelectuais da música , do teatro ,
jornalistas , escritores , poetas foram exilados para Angola e Amazônia . Além
do começo de uma grande ditatura e o rompimento de todos os processos sociais
de melhoria da vida dos recém libertos da abolição e o fechamento dos
principais jornais da época que começaram a sofrer severa censura por tempo
indeterminado.
Reforçando ainda este ideal de que a educação foi fundamental
para o caráter de Dom Pedro II, Barman, evidencia que “O Imperador considerava
a educação como de importância nacional e era ele mesmo um exemplo do valor do
aprendizado.”. Heitor Lyra expõe em seu livro ‘História de Dom Pedro II
(1825–1891)’ uma fala do imperador em que fica claro o enraizamento da
intelectualidade no seu pensamento, onde ele diz que “Se não fosse Imperador,
gostaria de ser um professor. Não conheço tarefa mais nobre do que direcionar
as jovens mentes e preparar os homens de amanhã”.
Dois anos e meio após a morte de Leopoldina, o imperador
casou-se com Amélia de Leuchtenberg. O Príncipe Pedro passou pouco tempo com
sua madrasta; no entanto, criaram um relacionamento muito afetuoso e mantiveram
contato até a morte dela em 1873. O imperador Pedro I abdicou em 7 de abril de
1831, após um longo conflito com a facção liberal (que por sua vez iria mais
tarde dividir-se nos dois partidos dominantes na monarquia, o Conservador e o
Liberal) dominante no parlamento. Ele e Amélia partiram imediatamente para a
Europa, onde Pedro I iria lutar para restaurar sua filha Maria II, cujo trono
em Portugal foi usurpado por seu irmão Miguel I. Deixado para trás, o Príncipe
Imperial Pedro tornou-se "Dom Pedro II, Imperador Constitucional e
Defensor Perpétuo do Brasil". Um Defensor de 5 anos de idade.
O imperador teve uma infância muito solitária e muito infeliz. A
perda súbita de seus pais o assombraria por toda a vida; ele não teve amigos de
sua idade e o contato com suas irmãs era limitado. O ambiente em que foi criado
o tornou tímido e carente, enxergando nos livros refúgio e fuga do mundo real.
Apesar de Pedro II cultivar a aparência física de um homem com
longa barba, sempre com livros a mão e precocemente cabelos grisalhos, ele
possuía uma voz aguda e desafinada, contraponto com seus 1,90m de altura. Ele
forçava muitas vezes a voz para ficar mais grave mas acabava perdendo o
controle vocal. Isso era motivo de chacota entre os “nobres” da época.
“Um barbudo de 40 anos e 1.90m de altura com voz de um menino adolescente de 15
anos”.
O Brasil tinha a maior quantidade e com qualidade de médicos,
engenheiros, juízes, diplomatas e advogados das américas entre 1876-1889. As
Faculdades brasileiras eram poucas, porém com padrão bem elevado de ensino.
Pedro II criou uma cota para negros alforriados ingressarem no
Colégio Pedro II e nas Faculdades. Essa cota não foi aprovada pelo parlamento,
porém Pedro II tirou de seus próprios proventos a garantia da cota. No período
de 1872 e 1889 centenas de ex-cativos se tornaram médicos, advogados,
engenheiros... Graças a chamada “bolsa do imperador”.
Pedro II gostava de conhecer as grandes novidades tecnológicas
que emergiam em uma vellocidade assustadora no fim do século XIX. Um exemplo
que muitos sabem, o Brasil foi o grande pioneiro na aquisição da fotografia em
1840 e do telefone em 1876, mas poucos sabem que também foi Pedro II um dos
primeiros a gravar sua voz em um novo aparelho sem nome definido na época, o
pai do gravador e do microfone, Pedro II, a Princesa Isabel e o neto de Pedro
II, Pedro Augusto gravaram suas vozes nesse aparelho que era o novo experimento
da Casa Edison. Infelizmente as gravações só podiam ser ouvidas uma única vez e
o disco feito de cera se desfazia, porém existem relatos e rumores que há
gravações de suas vozes em poder dos Orleans na Europa até hoje.
Fonte:
© EQUIPE PEDRO II DO BRASIL
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© Fonte: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II,
Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ,
Bibliografia de José Murilo de Carvalho.
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