Últimas Novidades

História da Piriquara - Rio Coreaú.

Piriquara: um banho de mistério


por: Lira Dutra
Nesse período do ano um dos lugares mais gostosos para um banho com a família, amigos e é claro com namorado ou namorada é no Piriquara. Fica a poucos minutos da cidade, subindo o leito do rio Coreaú, paisagem típica da caatinga com a presença de cajueiros e uma enorme rocha batizada pelos granjenses de Pedra da Piriquara é o destaque. E é debaixo da Pedra da Piriquara, segundo a lenda, onde existe um porão e mora a mãe d’água, que em noite de lua amarela, ou seja , lua cheia, sobe na pedra e se põe a cantar. Seu canto seria capaz de deixar Beethoven de queixo caído. Por ser local de morada da mãe d’água o poço em torno da Pedra nunca secou, nem mesmo com as grandes secas que antecederam nossos dias digitais.
Padre Vicente Martins em Noticia Historico-Chorographica da Comarca de Granja, 1911, escreveu o seguinte: “A furna do Periquara no rio Coreahú, que para penetrar-se nella é preciso mergulhar e uma vez dentro encontra-se luz e respira-se com facilidade.”

Paula, locutora da FM Verdade, contou ao nosso blogue, quando criança ouvira muito de sua vizinha Dona Albanita a estoria de um rapaz ter ouvido o canto da mãe d’água e consequentemente se apaixonado. Tudo teria começado no dia em o dito rapaz ter ido pescar na Piriquara, certas horas, sem fisgar peixe algum, ouvira o canto da mãe d’água, que o levou para dentro do porão. O que fizeram lá ninguem viu! Depois o devolveu para terra firme com muitos peixes. E toda noite de lua cheia o rapaz ia pescar e namorar na Piriquara com mãe d’água. Êta coisa boa!

Outra estória popular não menos famosa é das letras na pedra. Segundo a estória, contato por muitos moradores velhos e novos, existem escritas de origem indígenas na Pedra da Piriquara e quem for capaz de traduzir-las ficará rico com o ouro guardado pelo índios no porão da pedra.

Verdade ou pura lenda, não poderei responder agora. O certo que o banho nas águas do Piriquara no rio Coreaú, principalmente nos meses últimos do ano, é uma maravilha que o granjense precisa tratar com carinho e harmonia. Pois assim estaremos prolongando a vida da mãe d’água, figura que não poderá morrer no imaginário de nosso povo, pois é componente indissociável da nossa identidade coletiva. Ser granjense é, também, zelar nossas lendas, pois são canais de comunicação com nossos antepassados. Hoje temos blogues, orkut... antes roda de conversas nos terreiros!


Agradecimentos
à Paula, locutora da FM Verdade, por ter narrado uma estoria que ouvira de sua vizinha D. Albanita.


Faça como a Paula contribua com nosso blogue.

1 comentários:

DOMINGOS disse...

Muito legal eu tb sou granjense e conheci essa lenda conta de por minha mãe quando criança. Morávamos no Sítio Açudinho São José.