Joaquim Carneiro Magalhães nasceu aos 6 de fevereiro de 1913, no sítio Angelim, distrito de Sambaíba, Granja, Ceará. Seus pais foram Gonçalo Rodrigues Magalhães e Rosa Carneiro Magalhães.
Casou-se em Chaval com Maria Orlando Passos com quem teve Aldenora, Rosa, José Joaquim, Raimunda, Edmundo, Fátima, Deusa e Raimundo, este falecido com um ano e dois meses de idade.
Em Chaval foi diretor da bandinha de música local, onde tocava clarinete. Depois disto, morou na Granja com sua nova família, de onde se mudou para Fortaleza, em torno de 1965. Foi lá que faleceu em 29 de agosto de 1978, com as pernas amputadas, consequência do seu grave diabetes.
O “Quinca Angelim”, como era conhecido, foi desde jovem um peregrino da música. Homem simples percorria, a pé, longas distâncias, animando bailes, arrastando verdadeiras multidões para dançar e se divertir ao som de sua harmônica, tendo, entre seus auxiliares, seus irmãos Antônio e Acrísio.
Além de clarinete e harmônica, tocava sanfona, violão, cavaquinho, pistão e pífano, sendo este seu primeiro instrumento musical. Ele era autodidata.
Segundo informações do seu irmão Acrísio, o Quinca compunha músicas com certa facilidade. Uma noite sonhou tocando uma música numas garrafas, ferindo-as com uma baqueta. Ao acordar, pela manhã, pegou da harmônica e executou a música inédita: acabava de nascer um samba instrumental.
De suas diversas composições, a única de que temos registro é a música do gracioso hino do município da Granja, cuja letra é de autoria do seu sobrinho Padre Osvaldo Carneiro Chaves.
Fonte: Everton Oliveira
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